Thomaz Caspary: A Gráfica 4.0 bastante discutida na Expoprint 2018 - Será realidade no Brasil? :: Guia do Gráfico ::
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A Gráfica 4.0 bastante discutida na Expoprint 2018 - Será realidade no Brasil?

Thomaz Caspary ( In memoriam )

A “Gráfica 4.0” foi bastante comentada nesta Expoprint, inclusive com palestras bastante interessantes mostrando o sistema PRINECT como um dos alicerces para a concretização desta tecnologia. Alguns insistiam em afirmar que já temos no Brasil gráficas 4.0. Estou curioso, pois não conheço nenhuma.

O termo indústria 4.0 foi utilizado pela primeira vez em 2011 em uma feira de Hanover, sendo que se refere à quarta revolução industrial, e foi originada de um projeto de estratégia de alta tecnologia do governo alemão, promovendo a informatização de uma indústria.

Este Projeto em resumo é um conjunto de tecnologias baseada nos conceitos e nas respectivas interações entre os sistemas cyber-físicos, a Internet das coisas e o Big Data, facilitando a visão e as tomadas de decisão pelos gestores da fábrica inteligente.

 

Exemplo hipotético de uma indústria gráfica 4.0

Para exemplificar um cenário de indústria gráfica 4.0, vamos analisar uma determinada situação.

Para uma melhor compreensão, vamos dividir basicamente em 2 momentos, a primeira seria a coleta das informações e na segunda o grande sistema realizando as ações.

Dados internos e externos

  • (Dados Externo) Matéria Prima – Recebeu a informação de que a principal matéria prima deixará de ser fabricada.
  • (Dados Externo) Agência de Notícias – As notícias informam que os fabricantes deverão substituir esta matéria prima por outra similar.
  • (Dados Externo) Mercado desta Matéria Prima – O mercado está sinalizando que o preço poderá subir até 15% até o final do semestre.
  • (Dados Externo) fornecedor – Com o aumento da demanda, o fornecedor informou que não conseguirá atender à necessidade projetada devendo fornecer matéria prima similar.
  • (Dados Interno) Sistema de Gestão da Produção – Na próxima semana, o sistema de gestão da fábrica, com os dados recebidos da previsão de vendas e da produção e produtividade dos equipamentos, informa que será preciso realizar um replanejamento da produção e um alerta ao departamento comercial, com paradas planejadas de manutenção preventiva para algumas máquinas, pois o material terá outras características de performance em máquina.

 

AÇÃO

  • Decisão – Após os dados recebidos, o “Sistema Central 4.0” inicia a tomada de decisão de forma automática com os parâmetros previamente informados pelos gestores.
  • Ações do “Sistema 4.0”
  • Devido às mudanças no material a ser utilizado e o aumento da demanda do cliente que foi informado da mudança, o sistema automaticamente inicia as intervenções e os ajustes necessários, junto ao PCP para uma reprogramação do fluxo de produção e a como a configuração dos novos setups em algumas máquinas.
  • Com a previsão do aumento do preço no mercado futuro, o departamento comercial age imediatamente junto aos clientes, conforme decisão do Gestor Comercial e do Plano de Negócios.
  • É disparado o processo de compra de um fornecedor alternativo e a reserva dos insumos para o aumento da produção.
  • Com o aumento da produção, as paradas planejadas para as manutenções preventivas são reprogramadas para uma data, afim de atender a maior demanda, não afetando a disponibilidade das máquinas.

 

Agora imagine que todas estas informações foram consolidadas por um “Sistema 4.0” e que ele próprio já toma decisões de forma autônoma, sem a interferência direta das pessoas, mas também poderia oferecer possíveis soluções para os gestores.

Isto é um simples exemplo e conceito de uma indústria gráfica 4.0.

Portanto na Gráfica 4.0, as tomadas de decisão podem ser mais assertivas e de forma autônoma, sempre baseadas em dados internos (dentro da fábrica) e externos (fora da fábrica).

 

FATORES QUE DEFINEM A INDÚSTRIA GRÁFICA 4.0 

  • Interoperabilidade
  • Virtualização
  • Descentralização
  • Tempo Real
  • Orientado para serviço
  • Modularidade

Portanto, na indústria gráfica 4.0 temos:

  • Sistemas e sensores inteligentes que informam para as máquinas como elas devem trabalhar e como estarão envolvidas em cada estágio do processo de manufatura, assim fornecendo os dados, como o feedback, afim de obter um maior controle da produção.
  • Os processos devem ser auto gerenciados em um sistema modular descentralizado. Sistemas embutidos inteligentes começam a trabalhar em conjunto com a troca de dados e informações, de forma direta e, também através da ”nuvem” na Internet. Com isso, os sistemas de controles industriais serão mais complexos e distribuídos, possibilitando um processo mais flexível e bem minucioso dos processos.
  • Os sistemas centralizados rígidos de controle das gráficas que hoje trabalham com sistemas ERP e similares, cedem agora seu lugar para inteligência descentralizada, com a comunicação máquina com máquina (M2M) no chão de fábrica.

 

A indústria gráfica 4.0, ainda é mais um conceito do que uma realidade, mas está sendo motivada por três grandes mudanças no mundo industrial produtivo:

  • Avanço exponencial da capacidade dos computadores.
  • Imensa quantidade de informação digitalizada – Big Data
  • Novas estratégias de inovação (pessoas, pesquisa e tecnologia)

 

Em um curto espaço de tempo veremos todas as tecnologias interligadas e propiciando as tomadas de decisões no conceito da INDÚSTRIA GRÁFICA 4.0 ou “Indústria Inteligente”.

No entanto, temos que arrumar a nossa casa em primeiro lugar. Gestão Administrativa, Plano de Negócios, Custos e Formação do preço de vendas, enfim: CULTURA EMPRESARIAL!

* Thomaz Caspary ( in memoriam ) foi Consultor de Empresas, Coach e Diretor da Printconsult Consultoria Ltda. (São Paulo - SP)




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