Thomaz Caspary: Na sua Gráfica as coisas mudam, às vezes você nem percebe... :: Guia do Gráfico ::
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Na sua Gráfica as coisas mudam, às vezes você nem percebe...

Thomaz Caspary ( In memoriam )

Este segundo semestre você terá que forçosamente rever a empresa como um todo, se quiser sobreviver. Todo mundo vai precisar fazer mais com menos, ter foco no importante e fazer a execução acontecer! Por isso, não deixe que neste semestre você não mude as coisas para que não terminem como uma cópia malfeita dos anos anteriores. Sugiro que você aproveite este instante, reservando uma horinha e fazendo um replanejamento do seu negócio.

Revise o que é importante para você! Este semestre você precisará de foco sem perder tempo à toa. Para isso, você deve ter clareza e responder as seguintes questões básicas: Que atividades eu devo focar em minha gráfica imediatamente, quais podem ficar para o 2019 e quais eu devo abortar? Depois de concluídas as suas colocações, faça uma lista de prioridades por ordem de importância. Olhe para os cinco primeiros itens e detalhe um plano de ação na sua agenda. Vejamos por exemplo:

* Fazer um fluxo de caixa.
* Fazer uma análise dos meus desperdícios em todas as áreas.
* Rever meus custos e formas de cálculo.
* Rever minha produção, produtividade e tempos perdidos.
* Concentrar meus esforços na área de vendas.

Tenho conduzido processos de reestruturação em diversas gráficas ao longo dos últimos anos. E a receita para as empresas em dificuldades passa necessariamente pela redução de custos. Assim, procuro focar os cortes em ações significativas, atacando desperdícios e despesas desnecessárias, revendo compras de matérias-primas, cuidando com atenção das despesas financeiras e, em especial, revendo as formas mirabolantes do pré-cálculo, onde estão embutidas coisas muitas vezes absurdas.

Um dos grandes problemas que encontro nas gráficas, é o da separaração de gastos pessoais dos gastos da empresa, principalmente no caso de pequenas e médias gráficas, adotando critérios mais rigorosos para a concessão de benefícios, nas gráficas de maior porte.

Em tempos de crise como a que ora experimentamos, quando a "bagunça" toma conta não apenas da área financeira, mas também da cabeça dos gestores das gráficas, desconcentrando-os do uso da racionalidade, há que se ter ponderação, bom senso, prudência e visão de futuro. Por este motivo, a leitura de jornais nos cadernos de economia e negócios, além da participação em palestras e cursos, é de extrema importância para abrir um pouco a mente do empresário gráfico.

Como os empresários modernos bem o sabem, cada vez menos o preço é determinado pelos custos. Vai-se hoje do preço final, aceito pelo mercado, para os custos necessários, a partir de determinada margem de lucro e margem de contribuição pretendida. Com isso, os processos de contabilização dos custos tornam-se cada vez mais inócuos, primeiro pela focalização "a priori" na redução dos custos e a contabilização dos custos de cada trabalho (pós-cálculo), por se dedicar a uma inútil avaliação "post mortem" do que já ocorreu.

No entanto, um outro caminho consiste em se adotar, por exemplo, um Programa de Otimização de Custos e Recursos que podemos também chamar de "Boas Práticas de Fabricação e Gestão" com a adoção de Normas e Procedimentos em todas as áreas da gráfica, tanto na fábrica como na administração geral e principalmente de vendas, como o fizeram, em passado recente, várias gráficas, numa atitude proativa e louvável de "intervenção" nos custos, ao invés da redução simplória dos mesmos, com a dispensa de pessoal, por exemplo, passando-se a examinar a cadeia de valor oferecida ao cliente, à procura, ao mesmo tempo, de uma relação custo-benefício que atenda a todos os envolvidos.

Em meio a essa turbulência existem gráficos desesperados. Aí se junta à busca por saídas de curto prazo, a oferta de promessas mirabolantes, seja de fornecedores, clientes ou "vendedores". Por temer perder o bonde da história, os gráficos se tornam presa fácil e abraçam modismos e teorias diversas temendo o desaparecimento de sua empresa. Outras gráficas encontraram um caminho seguro através da inovação e de um novo posicionamento comercial ou forma de operar no setor, através da adoção das Boas Práticas ou ainda agregando valores através de um serviço paralelo prestado ao cliente.

Eu diria que o elemento dificultador que faz emperrar qualquer empresa, principalmente no ramo gráfico, é que os donos das empresas são demasiadamente lentos em tomada de decisão. O problema é que nessa conjuntura, velocidade e flexibilidade para se adaptar a novas realidades são de fundamental importância. Estar atento às mudanças é vital, pois leva os donos das gráficas a buscarem uma redefinição mais cedo, levando sua empresa a não ficar com máquinas paradas ou trabalhar no vermelho, "só para fazer papel" a fim de pagar seus compromissos.

Aqui vão algumas dicas para os senhores gráficos: no planejamento estratégico da sua empresa, você contempla a verificação de cada fase do ciclo de andamento da sua atuação no mercado, bem como da atuação interna de seus funcionários com relação a cada orçamento ou pedido de forma equilibrada? Você tem certeza de onde está posicionada a sua empresa no atual mercado em que atua?

Você conhece os sinais de advertência, ou seja, onde a "luzinha vermelha" está piscando em sinal de alerta? Responder a estas questões poderá ajudá-lo a mudar sua estratégia ou redefinir suas ações - antes que seja tarde demais. Sucesso!

* Thomaz Caspary ( in memoriam ) foi Consultor de Empresas, Coach e Diretor da Printconsult Consultoria Ltda. (São Paulo - SP)




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