Thomaz Caspary: O alto custo do “deixa prá lá...” :: Guia do Gráfico ::
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O alto custo do “deixa prá lá...”

Thomaz Caspary ( In memoriam )

Tenho visitado muitas gráficas e pude verificar uma enorme gama de desperdícios que acabam custando muito dinheiro para o empresário. Tentei compreender, por que ocorre tanto desperdício em nossas gráficas e, o que é pior, por que existe tanta omissão e acomodação em relação a este problema, por parte de chefes, gerentes e até do dono da empresa. O desperdício é um fator que acaba pesando bastante no custo dos impressos por estar contaminando a produção e o fluxo de trabalho dentro da gráfica. Chego cada dia mais à mesma conclusão: falta de informação (relatórios) e de comunicação correta.

Vamos classificar o desperdício em dois grandes grupos. O primeiro e mais importante é o grupo dos desperdícios mensuráveis como, por exemplo, os materiais utilizados nos impressos, a capacidade técnica do trabalho dos nossos funcionários e finalmente a baixa produtividade das nossas máquinas.

O outro grupo de desperdícios podemos denominar de recursos intangíveis que igualmente contribuem para um aumento significativo de custos.

Temos entre eles a falta de atenção, intenção, conhecimentos e inteligência. Por exemplo, um erro no orçamento de um trabalho pode significar prejuízo e este não deixa de ser um desperdício, causado por total falta de atenção ou informação por parte do profissional de vendas.

A perda de recursos na produção, ou seja, de materiais ou produtividade é mais fácil de ser identificada, embora na maioria das gráficas aqui no Brasil não seja comum encontrar programas de gestão específicos para gráficas, voltados para a detecção deste tipo de desperdício. Muitas vezes encontramos algumas gráficas que se preocupam com as horas improdutivas, implantam inclusive os devidos boletins de apuração, más não agem com rigor para eliminar os problemas apontados nestes boletins.

O que mais preocupa neste sentido, é o “deixa PRÁ LÁ”dos responsáveis das gráficas com o baixo desempenho e rentabilidade produtiva. Essa situação tem como consequência sérios prejuízos para a economia da empresa que tem seus custos elevados e portanto, redução da rentabilidade, uma vez que o preço de venda já foi fixado e o pedido fechado.

Uma situação comum é a dos trabalhos devolvidos pelo cliente. O gráfico toma conhecimento e manda refazer. É uma “bronca” para este ou aquele funcionário e tudo é esquecido. Você já fez uma vez os cálculos? Qual a percentagem do seu faturamento que é devolvida? Estivemos outro dia em uma gráfica de médio porte e levantamos que nos últimos 6 meses a devolução de serviços esteve em torno dos 4,5% do faturamento bruto.

É verdadeiramente um absurdo! Vejamos alguns exemplos de desperdícios já encontrados em empresas e que são perfeitamente evitáveis:

• Não é raro, encontrarmos no estoque ou mesmo no meio da produção, papeis que foram cortados no formato errado e que esperam uma oportunidade de surgir um trabalho para o qual ele sirva.

• Máquina rodando bem abaixo da sua velocidade média normal, em função de materiais de baixa qualidade.

• Visitas repetidas em excesso a clientes que já sinalizaram não ter empatia com o profissional de vendas.

• Baixo índice de qualidade originando devolução de clientes. Normalmente a baixa qualidade é fruto de desmotivação, falta de liderança ou deficiência de manutenção de equipamentos.

• Erros na orçamentação, em função de falhas na informação da área comercial o que acontece em mais de 50% das solicitações de orçamento.

Caberia aos donos de nossas empresas gráficas, promover uma reversão desta situação, através da implantação de sistemas gestão e da orientação e motivação de equipes.

* Thomaz Caspary ( in memoriam ) foi Consultor de Empresas, Coach e Diretor da Printconsult.




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