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O preço de seu impresso está correto?

Thomaz Caspary ( In memoriam )

O gênio Albert Einstein que viveu no século passado tinha uma filosofia. O que ele disse na época, me pareceu muito adequado ao tema que nos propomos a desenvolver. Ele disse uma vez: “A vida é como jogar uma bola na parede. Se for jogada uma bola verde, ela voltará verde. Se for jogada fraca, ela voltará fraca. Se a bola for jogada com força, ela voltará com força. – Por isso, nunca “jogue uma bola na vida”, de forma que não esteja pronto para recebê-la. A vida não dá nem empresta não se comove nem se apieda. Tudo o que ela faz é: retribuir e transferir aquilo que nós lhe oferecemos”. Isso pode ser válido também no que diz respeito ao nosso atendimento aos clientes, porém gostaria de falar hoje de custos e preços de venda.

Muitas gráficas, principalmente as pequenas e médias, dentre as mais de 19 mil que temos no Brasil, calculam seus preços tomando por base o papel e multiplicando o seu preço por 2 ou 2,3 ou qualquer outro número que, até o momento não entendi o por que desta “nova” metodologia. O pessoal que faz embalagem em papel-cartão já é mais cuidadoso e não chutam valores. Os pequenos dão 5% de desconto em relação ao que o concorrente deu. Já os convertedores de material auto-adesivo, multiplicam o metro quadrado do material desde 1,3 até 1,8 ou até 2. Todos acabam pegando o pedido com maior ou menor “desconto”, porém quando pergunto de quanto foi o lucro ou a contribuição marginal daquele serviço, me olham com cara de espanto, pensando que eu talvez tenha vindo do planeta azul.

Existem, porém os empresários mais modernos, que utilizam programas de gestão, principalmente de custos e orçamentos, esquecendo-se da gestão da produção. Estes parametrizam o seu programa, perguntando ao fornecedor dos programas de gestão, quanto mais ou menos o concorrente está calculando por hora pela máquina similar a dele, jogando este valor em seu programa de cálculo. Outro ainda, pergunta ao seu colega, na mesma cidade, quanto é que está cobrando a hora máquina ou o milheiro de impressão. Como disse Einstein: “Tudo o que ela faz é retribuir e transferir aquilo que nós lhe oferecemos”, ou seja, se colocamos dados errados ou chutados nos programas de gestão, teremos resultados errados ou chutados. “O outro “pecado capital”, é que muitos colocam para orçar uma pessoa de confiança, que, no entanto aprende vagamente a operar o programa, não entendendo muito bem para que sirva, porém segue as instruções do programa, conforme planilha. De artes gráficas, ou como se processa o trabalho dentro da empresa, este orçamentista não entende nada. Poucos têm o privilégio de dar uma volta na produção para conhecer as máquinas, outros nem conhecem os formatos dos equipamentos ou mesmo dos substratos.

A matéria prima está escrita no papel (planilha?) que lhe deram como base para orçar. O coitado do nosso orçamentista que labuta com a maior boa vontade, nem sabe o que é e para que é utilizado ou se não pode ser substituído por outro material. Diagramação ou traçado, às vezes é feito na mão. Outras o chefe disse que o programa escolhe o melhor formato. Será? Como ficam então os serviços de terceiros? O nosso orçamentista conhece os fornecedores de melhor qualidade e preço? Ele tem um banco de dados com os materiais que utiliza para cálculo ou os melhores fornecedores de pré-impressão e acabamento?

Tenho rodado ultimamente por todo Brasil e, a história se repete, tanto no sul, como no centro-oeste, norte, nordeste e mesmo no sudeste. O grande problema se repete, quando o orçamentista deve colocar o tempo de acerto e rodagem de certo material. É claro que está colocado nos parâmetros que estão registrados no programa. Quem é que deu estes parâmetros? Eles condizem com a realidade produtiva da gráfica? A gráfica está com baixa produtividade ou o programa foi alimentado “no chute”?

Infelizmente falta muito ainda, para que o empresário gráfico se dê conta, de que precisa implantar controles de produção em sua empresa, para saber onde é que o calo aperta. De nada adianta encher a gráfica de serviço e ter que descontar todas as duplicatas durante o mês e ainda solicitar favores de gerentes de banco. Precisamos imediatamente fazer o nosso pós-cálculo, logo depois de terminado e entregue o trabalho, para ver se o trabalho deu lucro ou prejuízo, e onde é que foi que calculamos mal ou erramos na produção. Podemos até ter calculado com uma imensa margem de lucro, porém, perdemos o pedido para o concorrente que “levou o serviço debaixo das nossas fuças”!

Caros amigos. Já estamos no segundo decênio do novo século e precisamos urgentemente controlar as nossas empresas gráficas, em todos os setores, porém principalmente nas áreas de custos e orçamentos (e da produção). Se desconhecermos o que nos custa para elaborar um impresso, como será que poderemos conhecer o preço de venda e o lucro que gostaríamos de auferir. Se as contas estiverem certas, o pedido for ganho pela nossa empresa, porém o pessoal da produção, não seguir corretamente as normas e procedimentos de trabalho, desperdiçando tempo e material, gerando uma elevação dos custos não prevista, estaremos entregando nossos impressos totalmente sem lucro, quando não, com prejuízo.

Tenho certeza de que você empresário gráfico, ficará doravante atento aos números que utiliza em seus cálculos e o correto desempenho do seu departamento técnico, de compras e PCP, além é claro da estrita observação das normas e procedimentos de trabalho. Boa Sorte!

* Thomaz Caspary ( in memoriam ) foi Consultor de Empresas, Coach e Diretor da Printconsult.




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