Plano Preventivo dentro de uma Gráfica

Eng. Eliziario Rodrigues Filho

Para organizar um departamento de manutenção temos que ter um controle e planejamento definido, qualquer que seja o tipo de manutenção. As responsabilidades da manutenção deve ser alinhada com produção. Por isso a comunicação entre os departamentos é importantíssima, esta discussão será analisada em outro item.

Dependendo do tamanho da gráfica, o responsável da manutenção pode alterar outras funções conforme os organogramas anteriores. Independente do responsável e do tamanho deste departamento temos (departamento de manutenção):

1. Baseado em requisições autorizadas de serviços de a manutenção, especificar e executar as tarefas necessárias.

2. Manter as instalações em condições satisfatórias de funcionamento ao menor custo possível, de acordo com as metas de produção e qualidade, com o máximo de economia.

3. Participar ativamente com o departamento de produção, na elaboração de um amplo programa de manutenção preventiva.

4. Coordenar a programação dos serviços de manutenção com o departamento de produção com bastante antecedência, para permitir que ela planeje a parada da máquina necessitadas de manutenção, de modo reduzir ao mínimo as perdas de produção.

5. Reduzir ao mínimo, mediante planejamento e programação eficientes, o tempo ocioso, tendo em vista reduzir o custo total da manutenção.

6. Antes da execução dos serviços, estudar minuciosamente as paradas necessárias com o pessoal chave da produção, para aproveitar bem o seu perfeito conhecimento das instalações.

7. Comunicar o pessoal da produção, a grandeza dos riscos e o custo provável do equipamento de produção, que se acredita estar a ponto de quebrar. Adotar técnicas, para prever enguiços das máquinas essenciais, com razoável precisão.

8. Informar ao pessoal da produção quais equipamentos estão exigindo manutenção exagerada e tomar medidas adequadas para sua redução.

O seu responsável, também tem algumas responsabilidades para o que foi visto anteriormente aconteça.

Ele tem que organizar, dirigir e controlar toda a parte administrativa, pois através de fichas de ocorrência de planejamento e programação, criar e estudar novos métodos para a manutenção atuar, convocando reuniões periódicas para harmonizar a equipe.

Quando discutimos o relacionamento da manutenção com a produção, daremos maior importância para a divisão de responsabilidades.

 

Técnicas de Manutenção Preventiva

Para atender as atuais necessidades de manutenção, parada das máquinas altamente produtivas, a resposta lógica está na manutenção preventiva planejada. Por isso, para obter-se o máximo de economia e de lucros do programa de manutenção, o tipo e a preparação de Manutenção Preventiva, devem ser estabelecidas de maneira seletiva.

 

Perguntas a serem estudadas

1. Grande necessidade de maior produção?
Uma das penalidades mais pesadas resultantes da quebra de uma máquina é a falta de produção de um produto importante.
É o caso das gráficas, nas máquinas de impressão, as quais quando param, ocorrem grandes perdas.

2. Quais são as possibilidades de redução do custo unitário de um produto? (QT)
Quando o aumento da produtividade de qualquer máquina ser convertido em vendas mais lucrativas, há redução do custo unitário mediante venda de maior número de unidades com absorção de maior parcela de custos fixos de fabricação.

3. Qual é importância das operações livres de interrupções?
Os defeitos de máquinas impedem a execução de determinado pedido dentro do prazo estipulado e o cliente fica desgastado.
Além disso, com relação a muitos trabalhos, a parada de um equipamento, mesmo durante pouco tempo, prejudica a qualidade do serviço, principalmente na área da impressão.

4. Qual é o grau de probabilidade da avaria de uma máquina operada normalmente?
A manutenção preventiva planejada é parecida com um seguro. A identificação dos defeitos excessivos, permite saber quais precisam ser evitados.

5. Qual é a probabilidade ou a frequência de problemas com máquinas?
A observação do comportamento das máquinas é necessário para saber que problemas podem ocorrer e com que frequência.Por isso, é preciso analisá-los, para descobrir os pontos mais sujeitos a problemas.

6. Qual é a importância do prolongamento da vida útil da máquina?
Quando um concorrente começa a usar equipamento melhores, deve-se verificar com interesse, quanto tempo mais pode-se prolongar o uso dos próprios. A propósito, é bom lembrar que, quando uma máquina torna-se obsoleta, as vantagens do prolongamento de sua vida diminuem.

7. Que risco o pessoal corre quando uma máquina quebra?
Quanto ao perigo da quebra de uma máquina, é muito grande para o pessoal, deve ser atribuída alta prioridade as medidas preventivas planejadas para evitá-la.

8. Qual a consequência da quebra?
O serviço pode ser transferido para outra máquina ou colocado de lado.

9. Quanto tempo levará o reparo?
Devemos parar a máquina por algumas horas para inspecioná-la, a fim de evitar um conserto que pode ser feito em um dia.

10. Qual a economia relativa de gastos repetidos com serviços de manutenção rotineira, contra gastos de organização para aumentar a confiabilidade das máquinas?
Implantar um plano de manutenção preventiva

12. Qual é a relativa economia de deixar a máquina trabalhar até desmanchar-se, ao invés de frequentes gastos para inspeções repetidas?

 

Devemos analisar, através de histórico, além das observações anteriores, podemos usar outras técnicas, as quais contribuem para organização da manutenção.

1. Manual de manutenção - Manuais que nos ajudam, tanto a produção como os técnicos de manutenção a regularem os equipamentos de uma maneira técnica e rápida.

2. Padronização - Organização do ferramental, peças de reposição, especificação de fornecedores, métodos de consertos.

3. Treinamento - Treinamento dos técnicos de manutenção, lubrificadores, pessoal da oficina e da parte administrativa.

4. Almoxarifado - Controle de peças de reposição, sistemas de localização e codificação, controle de dispositivos e ferramentas especiais.

5. Análise de estatísticas e fichas - Elaboração de Mapas e Gráficos, para verificar a eficiência da manutenção, índice de defeitos repetidos, custo de manutenção.

 

RELACIONAMENTO MANUTENÇÃO X PRODUÇÃO, PARA MELHORAR A EFICIÊNCIA

Dando sequência ao que foi visto, a manutenção programada só pode acontecer, se existir uma conscientização do relacionamento da produção com a manutenção, para otimizar o funcionamento das máquinas gráficas, é quesito básico para o seu rendimento, que está ligado diretamente à boa operação e realização profissional.

Responsabilidades da produção

1. Operar os equipamentos de maneira correta.

2. Observar constantemente o seu funcionamento e comunicar ao Departamento de manutenção, as falhas constatadas para que sejam examinadas e tomadas as providências cabíveis.

3. Solicitar consertos, substituições e modificações nas instalações e explicá-los com clareza por escrito.

4. Estabelecer prioridades e prazos de execução realísticos de acordo com critérios aprovados.

5. Participar ativamente com o departamento de manutenção na elaboração e na execução de um amplo programa de manutenção preventiva.

6. Fornecer à manutenção, com devida antecedência, informações suficientes para um adequado planejamento de manutenção rotineira, paradas e previsões de máquinas, afim de reduzir ao mínimo a carga horária de trabalho da manutenção.

7. De acordo com as limitações de produção e capacidade das máquinas fazer com que os equipamentos estejam disponíveis para execução de serviços planejados e programados de manutenção.

8. Prestar o máximo de cooperação ao departamento de manutenção, para que seja convertido manutenção corretiva em manutenção programada.

9. Executar seu trabalho com profissionalismo, lembrando que o seu rendimento está ligado diretamente à boa operação e realização profissional.

10. Manter seu ambiente de trabalho limpo, assim como, os equipamentos em termos de higiene e segurança do trabalho, para facilitar a manutenção.

 

Responsabilidades da manutenção

1. Coordenar a programação dos serviços de manutenção com a produção, com bastante antecedência, para permitir que ele planeje a parada das máquinas necessitadas de manutenção, de modo a reduzir ao mínimo as perdas da produção.

2. Lutar constantemente, para melhorar os métodos de trabalho da manutenção, visando obter produção de boa qualidade.

3. Reduzir ao mínimo, mediante planejamento e programação eficientes, o tempo ocioso, tendo em visto reduzir o custo total de manutenção.

4. Antes da execução dos serviços, estudar minuciosamente, as paradas necessárias, com o pessoal da produção, para aproveitar bem o seu perfeito conhecimento dos equipamentos.

5. Comunicar ao pessoal da produção a grandeza dos riscos e custo provável do equipamento de produção, que se acredita estar a ponto de quebrar. Adotar técnicas para prever consertos de máquinas com razoável precisão.

6. Informar o pessoal da produção, quais as máquinas que estão exigindo manutenção grande, e tomar as medidas adequadas para sua redução

7. Lembrar que, a produção tem prioridade acima de todas as atividades, que a manutenção está presente.

8. Comunicar o maior número de informações possíveis, sobre as especificações do equipamento.

A divisão das responsabilidades, mais os pontos que serão vistos posteriormente, terão como objetivo, atingir o ponto ótimo de produtividade, a um custo relativamente baixo e depois, permanecer na curva de estabilidade.

 

OTIMIZAÇÃO DO ATENDIMENTO DE MANUTENÇÃO, RELACIONADO COM A PRODUÇÃO

Quanto mais a manutenção, se organizar e se programar, melhor será otimizado o atendimento.

Para otimizar, temos que administrar alguns itens importantes dentro do departamento:

Controlar estatísticamente, as ocorrências, ou seja, cada vez mais aumentar a eficiência e a eficácia do atendimento, treinando o pessoal, melhorando as condições do ferramental e dos dispositivos.

Um técnico poderá exercer com eficiência um atendimento de uma ocorrência, mas não com eficácia. Como explicar isso?

Dentro do departamento de manutenção, podemos melhorar o atendimento, a partir da passagem de uma manutenção corretiva pura, para uma manutenção programada, pois a partir do conhecimento de tempo de atendimento, existem técnicos mais eficazes que outros, porém, os dois são eficientes. Por exemplo, em um determinado equipamento temos que trocar uma mola de torção de um eixo de pinças de um cilindro de contra pressão, após um estudo de Organização & Métodos (O&M), temos:

• Técnico (A) - Levou desde a aquisição da peça até o fechamento de ocorrência, 03 horas de atendimento. .
• Técnico (B) - Resolveu o problema em 02 horas.

A análise leva que, embora o (A) e o (B) resolveram o problema, o técnico (B) foi eficaz. Os fatores que nos levam a eficácia são:

a. O técnico (B) conheça melhor o equipamento

b. Possui ferramentais mais organizadas

c. Fluxo de trabalho desde preenchimento de requisição até o fechamento da ficha de ocorrência foi melhor. Tudo isto dito, nos leva para diminuição dos custos da manutenção, a buscar a manutenção programada.

d. A organização do almoxarifado neste caso, é de grande importância. O sistema de codificação por prateleiras e o cadastro por meio de fichas ou armazenados em micros, facilitam a identificação rápida das peças, nas quais nos levam a representação gráfica abaixo:

 

TÉCNICAS DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA EM MÁQUINAS GRÁFICAS

Como podemos analisar, dentro de uma gráfica, se utilizarmos as técnicas de manutenção preventiva, de todos os setores produtivos, o mais importante em grau de risco é o setor de impressão, o qual cria os maiores transtornos na sua paralisação. Os equipamentos offsets tanto planos como rotativos, precisam de uma manutenção programada.Os critérios para chegarmos a esta conclusão, serão explicados a diante.

 

ROTEIRO BÁSICO DAS MÁQUINAS DE IMPRESSÃO

• APARELHO MARGEADOR

1. Corrente de subida e descida da mesa
2. Aparelho desfolhador
* Excêntricos
* Rolamentos
* Juntas de transmissão
3. Correias transportadoras da mesa de descida (sucção)
4. Micros de segurança
5. Motoredutores de subida e descida
6. Dupla folha
7. Transmissão principal do aparelho
8. Sistema de roldanas, escovas e palhetas

• SISTEMA DE REGISTRO LATERAL E FRONTAL

1. Conjunto mecânico interno
2. Mesa de margeação
3. Esquadro lateral
4. Esquadro frontal
5. Tambor de transferência (RANGER)
6. Pente e oscilante

• UNIDADE DE IMPRESSÃO

* Rolaria de molha alcolor
a) Mancais e rolamentos
b) Rolos de borracha
c) Rolos cromados
d) Banheira

* Rolaria de tinta
a) Mancais e rolamentos
b) Rolos de borracha
c) Rolos distribuidores (revestidos)
d) Depósito de tinta
e) Rolo do tinteiro
f) Lâmina do tinteiro
g) Laterais

* Cilindro de chapa
a) Acionamento de troca automática
b) Sistema de aperto rápido
c) Sistema de aperto pneumático
d) Guias dos cilindros
e) Superfície de rebaixo

* Cilindro de borracha
a) Acionamento de lavagem automática
b) Réguas de fixação
c) Guias dos cilindros
d) Superfície de rebaixo

* Cilindro de contrapressão
a) Pinças e apoio
b) Superfície de rebaixo
c) Guias dos cilindros

* Cilindros intermediários
a) Pinças e apoio
b) Superfície de rebaixo
c) Guias dos cilindros

* Grades e proteções
a) Acionamento dos micros

* Válvulas pneumáticas
a) Funcionamento das válvulas e acionamento

* Cilindro de reversão
a) Mecanismo de reversão
b) Pinças e apoios

• SISTEMA DE SAÍDA

a) Correntes de transporte
b) Pente do tira folhas
c) Motoredutores
d) Corrente de acionamento de mesa
e) Freio do papel
f) Mecanismo do esquadro do papel
g) Sensor de descida
h) Ventiladores de assentamento do papel
i) Mesa de saída

• PULVERIZADOR DE PÓ/GELADEIRA - SISTEMA DE MOLHA ALCOLOR

• TRANSMISSÃO PRINCIPAL

a) Rolamentos
b) Engrenagens
c) Correias
d) Polias
e) Acoplamentos

• MOTOR PRINCIPAL E INTERMEDIÁRIOS
• PAINÉIS E BOTOEIRAS EM GERAL
• SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO
• UNIDADE DE BARRA ANTIESTÁTICA
• BOMBAS DE VÁCUO/COMPRESSORES/VENTOINHAS