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Por que tantas gráficas importantes fecharam?

Por Fabio Mestriner

O almoço acabara de ser servido. A conversa na mesa, que havia começado com a história da gráfica onde estávamos, derivou para a lembrança de outras que outrora foram relevantes e que, por algum motivo e em algum momento, haviam fechado suas portas.

Eu já tinha participado de conversas como essa, em que profissionais experientes relembram as empresas onde trabalharam e mencionam com pesar o fim desses lugares. E foi aí que me veio à mente uma pergunta. Eu estava diante de um profissional que respeito muito e questionei: “por que tantas gráficas que foram importantes e respeitadas em suas épocas acabaram?”

A resposta dele – “falta de foco” – me surpreendeu, embora não devesse, porque o que ele disse já havia há muito se incorporado no conselho que sempre dei aos meus clientes. Meu amigo expressou com tanta convicção essa frase que nem precisou de mais esclarecimentos, mas ele prosseguiu: “começaram a diversificar, incorporar novas atividades, diferentes daquelas em que tinham expertise, começaram a atirar em muitas direções. Abandonaram suas posições em detrimento de modismos passageiros e oportunidades fáceis que surgiram no mercado, mas que eles não tinham experiência para ocupar”. Mencionou também um dos pontos que considero dos mais importantes: “os donos relaxaram na condução do negócio”. Foram cuidar de outros interesses, hobbies e prazeres pessoais que os distanciaram da principal atividade a que deve se dedicar um dono de empresa, que é estar 100% envolvido e presente na gestão de seu negócio.

Essa é a fórmula perfeita que explica o fechamento de tantas gráficas memoráveis. Mas tem mais: estudos apontam que a maioria das empresas familiares no Brasil não conseguem chegar à terceira geração. Os sucessores precisam ser levados a se interessar de verdade pelo negócio, serem preparados para assumi-los, e isso, frequentemente, não acontece.

Depois, quando peguei a estrada de volta para casa, vim refletindo sobre essa conversa e alinhei mais dois pontos que reputo pertinentes no problema de tantas gráficas importantes deixarem de existir. Me lembrei do Seminário Técnico Ibema, em que Eurico Gushi, um grande facilitador de workshops, conduziu uma série de eventos sucessivos em 5 regiões do país, com diretores e gestores de gráficas, cada um deles com cerca de 120 participantes. Foi surpreendente observar como eles chegaram unanimemente à mesma conclusão, ao apontar onde estava de verdade o grande problema das gráficas.

No início dos workshops, começaram apontando a carga tributária do Brasil, a concorrência predatória que levava a preços cada vez mais baixos, a China e o preço do papel. Nenhum desses fatores requeria qualquer tipo de ação da sua parte, pois as gráficas não têm nenhum controle ou interferência sobre eles. Mas, ao longo do workshop, esses gestores foram tomando consciência dos problemas reais que os afetavam e reconheceram, entre mais de 500 gestores participantes, que o principal problema estava de fato dentro de casa, ou seja, na gestão e nas decisões tomadas por eles mesmos em suas empresas. Essas informações vieram a se somar a uma entrevista concedida pelo presidente que recuperou a Nissan da falência no Japão. O problema, disse ele, está sempre dentro da própria empresa. Se você ainda não encontrou é porque não procurou direito.

Os sinais de que a empresa pegou o caminho errado podem ser percebidos claramente pelos especialistas. Um profissional de alta posição no setor revelou que, ao visitar diversas gráficas atuais, ele já consegue enxergar aquelas que não estarão mais no setor nos próximos anos. Concluindo, como afirmam os ingleses: “quem não conhece a história, não pode se beneficiar de seus ensinamentos”.

A história, meus caros, nos ensina que não importa o tipo de atividade em que a empresa está envolvida. As regras da administração se aplicam implacavelmente a todas elas. Se não houver foco, e se os dirigentes, especialmente os donos, não se dedicarem integralmente à gestão séria e responsável de seus negócios, se não prepararem seus sucessores, o futuro se torna incerto e os exemplos do passado não servem de alerta.

As artes gráficas são uma atividade centenária que tem história de sobra para ensinar as causas tanto do sucesso quanto do fracasso de antecessores e concorrentes. A imprensa surgiu em 1445, e o papel vem do ano 107 da era cristã, tempo suficiente para conhecermos um pouco mais sobre a história desse negócio e as encruzilhadas do caminho que estamos percorrendo.

 

Sobre a Ibema

Gerar valor de maneira sustentável por meio da fabricação e distribuição de produtos que conquistem a preferência dos clientes, contribuindo com iniciativas que favoreçam toda a cadeia, com a dedicação e preocupação de garantir o melhor resultado para a empresa e seus clientes. Esta é a missão da Ibema, fabricante de papelcartão, que permeia a sua atuação com base no conceito de foco do cliente. A empresa, fundada em 1955, é hoje um dos players mais competitivos da América Latina. Sua estrutura é composta por sede administrativa localizada em Curitiba, centro de distribuição direta em Araucária com área útil de 12 mil m2 e fábricas instaladas nos municípios de Turvo, no Paraná, e em Embu das Artes, em São Paulo, que juntas possuem capacidade de produção anual de 140 mil toneladas. Em seu portfólio, estão os melhores produtos, reconhecidos pela qualidade e performance na indústria gráfica. A empresa, que atualmente conta com aproximadamente 880 colaborares, possui unidades certificadas pela ISO 9001, pela ISO 14001 e pelo FSC (Forest Stewardship Council). Para mais informações sobre produtos e serviços, acesse o nosso site, disponível também nos idiomas espanhol e inglês: www.ibema.com.br.

* Fábio Mestriner é consultor da Ibema. É também Professor Coordenador no Núcleo de Estudos da Embalagem ESPM e autor de livros didáticos sobre embalagem adotados por universidades do país.




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