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A atual preocupação do empresário gráfico

Thomaz Caspary ( In memoriam )

A preocupação constante do empresário gráfico moderno é cercar-se das mais novas tecnologias dentro da área gráfica, bem como de gestão para sua empresa. Ser competitivo é ter qualidade nos serviços, e bons preços. O parâmetro para saber se uma empresa tem competitividade instaura-se no confronto com outras empresas similares existentes em diferentes regiões.

INFELIZMENTE É SÓ QUERER SABER...

Ultimamente tenho conversado com alguns empresários gráficos que estão encontrando problemas de rentabilidade em suas empresas e após análise de alguns casos pude verificar que os comandantes da empresa, estão cheios de boas intenções. ATITUDES não são tomadas. Lembre-me então de um artigo que publiquei há uns cinco anos e que retrata exatamente o que continua acontecendo em nosso setor. Copio abaixo o artigo já publicado CINCO anos atrás.

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OS RISCOS DA GRÁFICA EM RELAÇÃO AOS CLIENTES

A gráfica que tem poucas empresas como clientes perde o poder de barganha. A vontade do cliente geralmente impera nesses casos. O velho ditado "não se deve colocar todos os ovos na mesma cesta" também vale para clientes. "Principalmente para as gráficas de pequeno e médio porte", isso porque qualquer instabilidade no negócio do cliente, que para a empresa pode ser algo passageiro ou sem maiores consequências, pode afetar a gráfica intensamente. "Se uma grande empresa cliente de uma gráfica tem uma tosse, isso vai ser sentido como uma pneumonia por seus fornecedores pequenos", ou seja, as gráficas. Se os clientes atrasam os pagamentos ou se tornam inadimplentes por um período acima do previsto, a gráfica fica com o seu fluxo de caixa abalado, podendo até sucumbir.

Em nossa opinião, recomendamos que o principal cliente de uma gráfica não deve ser responsável por mais do que 10% de sua receita (Faturamento). "Mais do que isso, só como exceção". O motivo principal para fugir do modelo de um ou poucos clientes é o fato de que a gráfica perde força para negociar nos seguintes itens:

Preço

“Meus 25 anos de experiência no mercado mostram que nem sempre a relação entre parceiros é justa”. Quando um cliente age de má fé e resolve pagar menos pelo fornecimento, a gráfica, temerosa, fica sem poder de barganha. A conversa, mesmo que de forma velada, às vezes se baseia em termos de ou é isso ou procuramos outro fornecedor.

Prazo

Novamente, o perigo de ter poucos clientes reside na falta de controle sobre o próprio negócio que isso gera. Mesmo que seja normal para uma gráfica trabalhar sempre com foco no cliente, não é ele quem deve impor o ritmo à empresa parceira de forma aleatória. "Especialmente no Brasil, muitas empresas ainda imaginam que podem pedir para receber o produto antes, apesar de isso não haver sido acordado. A relação de fornecimento não é um favor e isso vale para os dois lados”

Quantidade

Imagine a seguinte situação: uma gráfica faz o seu estoque baseado no perfil de compras dos clientes. E se a empresa mudar? Quem perderá é o gráfico, que já terá adquirido insumos, componentes e materiais, mas não poderá mais fornecer os produtos. "E nem sempre é simples repassar esse estoque para o mercado", principalmente na indústria gráfica que trabalha sob encomenda.

 

Outro aspecto relacionado à quantidade é executar inúmeros pedidos de pequeno valor para muitos clientes.

Neste caso estamos jogando fora TEMPO PARA BUSCAR NOVOS CLIENTES. Se a gráfica fizer uma análise, verá que a maior parte de seu faturamento está relacionada a pedidos de baixo valor o que significa trabalho na emissão de OS’s, Controles, Notas fiscal de baixo valor, Exagerado número de acertos com baixa tiragem (estamos vendendo só custo fixo) sem saber realmente se a nossa margem compensa, muito trabalho para relativamente pouco resultado.

 

O QUE FAZER?

E o que fazer em ambos os casos? Mudar o nicho de mercado, abrindo o foco de negócios da empresa?

Primeiro, devemos lembrar que ter foco é essencial para o sucesso de qualquer tipo de gráfica. Ter foco significa saber qual ou quais as atividades principais da empresa e se concentrar nestas atividades, nichos de mercado, reduzindo-se despesas com atividades desnecessárias, aumentando assim a sua produtividade. Por isso, não podemos confundir concentração da carteira de clientes com foco da empresa, ou seja, perder o foco num momento de crise não seria solução e, sim, iria apenas piorar as coisas. Também sair atirando com espingarda de chumbo atirando para todos os lados tira totalmente o FOCO dos negócios. Então se devo manter o foco, a solução para o problema estaria na elaboração de um Plano de Negócios que estabeleceria as DIRETRIZES DA ÁREA COMERCIAL e o “modus operandi”. Jogar fora anos de conhecimento e de reconhecida qualidade para atuar em segmentos que não se domina também não é uma solução.

 

ENTÃO O QUE FAZER REALMENTE?

Uma ideia inicial para lidar-se com os problemas envolvidos na CONCENTRAÇÃO OU DISPERSÃO da carteira de clientes é simplesmente procurar no mercado, potenciais novos clientes, sem abrir mão EM UM PRIMEIRO MOMENTO da atual carteira, substituindo paulatinamente os clientes de hoje que não geram resultado, por novos clientes com maior rentabilidade (principalmente no que diz respeito à produtividade da empresa). O processo de captação de novos clientes envolverá um trabalho de pesquisa do mercado e também da possibilidade de agregar e/ou adaptar os produtos e serviços de sua empresa para atendimento desses potenciais clientes, sem abrir mão da tecnologia e da qualidade já existentes.

Para ajudar nesse processo utilize-se dos modernos sistemas de CRM, como o E-commerce, o B2B e Televendas e Telemarketing fazendo uso também das redes sociais, fazendo E-Mail-Marketing, etc. Um expert do ramo gráfico poderá ser de grande valia, neste sentido.

Desta forma, a mudança da carteira de clientes ajudará em períodos de crise atravessados pelos clientes tradicionais de sua gráfica. Nossos gerentes e supervisores não são muito capazes e, na maioria das vezes, não estão nem aí, não são eles, nada é com eles, não têm iniciativa, nem criatividade, faltam ideias, são ou estão desinteressados. “A própria diretoria está constantemente mudando os objetivos e determinações, num samba contínuo do crioulo doido.” Isto soa familiar para você?

Como exigir do pessoal da linha de frente se a diretoria é complacente com a média gerência? O pessoal da linha de frente vê isso, e não tem e não encontra razões para mudar. E a sua gráfica faz sempre mais, do mesmo! E como nada muda, a queda nos resultados permanece. Até quando? Desculpem-me se eu lhes pareço catastrófico, mas eu me sinto repartindo experiência vivida na realidade de muitas gráficas.

O problema é mudar o modelo de negócio. Como diz o Professor Emérito da FGV - Luiz Carlos Bresser Pereira, “Administrar é corrigir o tempo todo. Você acerta mais ou menos, nunca 100%. Mesmo quando acerta, na semana, no mês ou no ano seguinte, tem que consertar outra vez”.

* Thomaz Caspary ( in memoriam ) foi Consultor de Empresas, Coach e Diretor da Printconsult Consultoria Ltda. (São Paulo - SP)




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