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As pedras no seu caminho...

Thomaz Caspary ( In memoriam )

Refletindo bastante sobre a atitude de muitos empresários gráficos, lembrei-me da história de algo que sempre encontramos, ou seja, uma pedra. Numa pedra poderemos tropeçar se não tomarmos o devido cuidado. Poderemos usá-la também como arma, atirando-a contra alguém. Um empreendedor poderá utilizar-se da pedra para construir seu império. Alguns, mais cansados, usam a pedra para sobre ela sentarem-se, enquanto que a garotada usa pedras para brincar, atirando-as na água para vê-las saltitar. Poetas, como Carlos Drummond de Andrade a descreveram em prosa e verso. David matou Golias com uma pedra e o mestre Michelangelo extraiu dela uma de suas mais belas esculturas. A diferença não estava na pedra, mas sim naquilo que o ser humano fez com ela. Na verdade não existem “pedras” no nosso caminho que não possamos aproveitar para delas aprendermos em função do nosso próprio crescimento.

Toda vez que as coisas não saem como nós as imaginamos, colocamo-nos imediatamente na posição de “traídos”. Neste momento, ficamos nervosos e tomamos certas decisões que poderão levar nossa empresa a rumos indesejados. Faltou a reflexão. Faltou planejamento. Faltou conhecimento. Talvez tenha faltado também a comunicação. Saiba que você decide sempre de que lado você quer ficar. Vou traduzir:

Se você acha que não tem sorte, certamente o azar irá persegui-lo. Se você se sentir inferior, a vida vai fazer com que você (ou sua empresa) fique sempre por baixo. Mas se você aceitar que tudo não passa de pretensão da sua parte e que, sendo um pouco mais modesto, sua vida vai melhorar. Aceite ajuda dos outros. Siga os exemplos dos empresários bem sucedidos.

Tenho recebido ultimamente muitos telefonemas perguntando como está o mercado. Está fraco? Não consigo vender nada! Nem estou orçando muito! Venho alertando que o segundo semestre será mais difícil e só os que estiverem realmente preparados e que tenham feito sua lição de casa terão momentos mais suaves. Muitas empresas estão com pouco ou com quase nenhum trabalho. Outras giram em dois ou até três turnos as suas máquinas e batem “Record” de faturamento e rentabilidade. São as empresas que fizeram no começo do ano seu Budget, seu Planejamento Estratégico, treinaram suas equipes, investiram em Recursos Humanos.

Como diz Stephen Covey em seus vários livros, o empresário ainda enxerga seu funcionário como despesa e suas máquinas como ativos. Funcionário certamente não é despesa, desde que bem treinado e colocado no lugar certo, com orientação precisa, de programas como “Boas Práticas”, orientadas por normas e procedimentos. E isso não é só na área produtiva. “Boas Práticas” se inicia no atendimento ao cliente (interno e externo), nas vendas, no pré-cálculo e assim por diante.

Se nosso empresário gráfico colocar o fator treinamento humano (pessoal e tecnológico), preocupar-se menos com o salário e mais com o retorno deste funcionário, que hoje em dia se baseia mais no QE (Quociente Emocional) e nos conhecimentos técnicos, teremos em breve uma indústria gráfica sadia e com potencial internacional.

Em função do momento político que atravessamos, o ritmo de atividade da indústria em geral (com algumas exceções) virou o semestre anterior quase sem fôlego. No terceiro trimestre, a produção industrial deverá desacelerar um pouco mais devendo, no entanto reagir em seguida, dependendo do “humor” dos empresários em função do quadro político. O pessoal reduziu violentamente o investimento em publicidade e de acordo com os analistas econômicos o quadro de desaquecimento beira quase a uma estagnação produtiva. Isso, no entanto não se dá em todos os setores, pois senão teríamos o caos. Muitas empresas exportadoras estão trabalhando a todo vapor e, portanto para o empresário gráfico bem informado o mercado está aí. Não podemos é ficar sentados em nossa gráfica esperando o cliente telefonar. Essa época infelizmente terminou. Sinto informá-los.

Vocês amigos leitores, devem achar que falo sempre a mesma coisa. É muito provável que já enchi a paciência de muitos vocês. Esse cara aí não muda o disco, devem pensar. No fundo, você escolheu ler os meus artigos. O problema é que o gráfico só acredita, quando já é muito tarde. Aí ele grita por socorro.

Gostaria de pedir ao amigo leitor que medite um pouco na possibilidade de aproveitar as pedras que encontrou e encontra quase todos os dias, como elementos de edificação e crescimento tanto espiritual, como material em sua vida e na vida de sua gráfica.

* Thomaz Caspary ( in memoriam ) foi Consultor de Empresas, Coach e Diretor da Printconsult Consultoria Ltda. (São Paulo - SP)




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