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Bom dia 2008!

Thomaz Caspary ( In memoriam )

Meus amigos, pensei muito antes de escrever este artigo. Li durante várias semanas as previsões econômicas e de negócios de famosos do mundo inteiro em relação ao Brasil e à América Latina. Passaram por mim artigos de Armínio Fraga, Alberto Tammer, Guido Mantega, Maílson da Nóbrega e muitos outros brasileiros, além de Robin Cooper, Shoshana Zuboff, John Brown, Don Peppers entre outros. Uma verdadeira “gangorra de opiniões”, que foram do pessimismo, passando pelas incertezas e finalmente aterrisando no otimismo.Os otimistas prevêem um crescimento de 6,5% sendo que os pessimistas ficam com 4,5% (no Brasil). Em um excelente discurso, na posse dos novos presidentes da Abigraf SP, Sindigraf SP e ABTG, o Presidente da Abigraf Nacional, Mário César de Camargo, apresentou dados mostrando um forte aquecimento na Indústria Gráfica, com investimentos em 2007 superiores a US$ 1 Bilhão em equipamentos e um crescimento médio previsto de 5,5% em 2008.

Fiquei na dúvida. Conversei com Babalorixás, Videntes e Astrólogos. 2008 será para os Chineses e Japoneses o Ano do Rato que promete Fartura e Sucesso. As cartas de Tarô prometem mudanças. Estas mudanças, no entanto, poderão ser para melhor ou não, dependendo de como o gráfico agir em sua empresa. Também o “I Ching” que em 2008 será regido pelo hexagrama 10, fala em conduta, ou seja, pede equilíbrio nas decisões empresariais. Finalmente os Astrólogos, falam em um bom ano, dizendo aos empresários que tenham ousadia e liderança.

Sabemos que o ano de 2008 será o ano onde o consumidor brasileiro, em função das facilidades de crédito, comprará mais. Isto fará com que os pedidos nas indústrias inclusive na Indústria Gráfica aumentem. Aí começa a nossa ousadia em liderar a produção que deverá ser mais enxuta, em termos da necessidade do aumento da produtividade e da redução do desperdício. Neste momento, a liderança deverá imperar e para isso, teremos que introduzir novos conceitos de produtividade, aplicando as “Boas Práticas” e implantando um PCP com controles suficientes para um perfeito Pós-Cálculo. Teremos que adotar uma filosofia operacional, que nos dê uma forma de especificar e controlar os valores da produção, sendo que para isso, teremos que alinhar na melhor seqüência, as ações que criam valor.

Os problemas da Indústria Gráfica, na verdade, continuam os mesmos. As grandes empresas gráficas (perto de 3% do número de gráficas brasileiras), já tem boa parte destes conceitos assimilados, porém pecam ainda pela falta de alguns conceitos como as “Boas Práticas”, Plano de Negócios e controles básicos, principalmente na área mercadológica (Custo-Benefício e Margem de Contribuição, por cliente, por vendedor e por segmento de mercado), que necessitam do pós-cálculo que é fundamental para se chegar a estes resultados. Não me canso de repetir, que temos ótimas empresas de Software de Gestão de Custos e Vendas, aliados ao PCP, Compras e outros departamentos, tudo integrado em um só pacote.

Mas o que fazer com os 97% do restante das gráficas, ou seja, o micro, pequeno e médio empresário? Estes donos de gráfica devem ao menos fazer sua lição de casa, implantando seus custos e orçando corretamente, sem gorduras, o que certamente conseguirão com os cursos ministrados pelo SENAI, pela ABTG, pelo Sindicato Patronal de sua cidade ou região ou mesmo levados à sua região pelo SEBRAE. A implantação das “Boas Práticas de Fabricação & Gestão” serve para qualquer tamanho de gráfica e naturalmente um PCP pode ser simplificado para pequenas empresas, de 2 funcionários em diante. O mais importante é que o dono da gráfica tenha em mãos a ferramenta mais importante para o seu trabalho: A Informação.

O Planejamento sozinho não faz nada pela sua empresa. Ele depende de suas atitudes efetivas (da sua ousadia) para concretizá-lo no dia-a-dia da empresa. Outro fato muito comum com relação às pequenas gráficas, quando se comparam com as grandes, consiste em dizer, que as pequenas não possuem verba para fazer o que as grandes fazem, evidentemente consideradas as proporções. Isso não é verdade, a frase correta seria: Não temos tanta disponibilidade de verba quanto elas para fazer o que elas fazem. O que acontece em geral, é que as pequenas e médias empresas gráficas, se esquecem de destinar parte do lucro para ser reinvestido no negócio em favor do próprio bolso. Dizem que sou muito “ácido” quando falo assim com o gráfico. Porém vejo sempre que é mais importante ter um carro novo, do que investir, por exemplo, num software de gestão, em treinamento da gerência ou dos funcionários, ou ainda, no próprio treinamento.

Mas nem tudo são flores... Teremos alguns problemas, sim. Em função do crescimento da economia e das necessidades de nossos clientes, com conseqüente aumento da nossa eficácia em todos os níveis, sejamos pequenas ou mega-gráficas. Existe um crescente desnível entre as necessidades técnicas e de gestão, dos atuais quadros de nossas empresas, aptos a desempenhar suas funções profissionais. Na DRUPA 2008, isso se tornará ainda mais visível, pois só a tecnologia inovadora não basta. Teremos alguns problemas em conseguir funcionários em todas as áreas, verdadeiramente capacitados para enfrentar estes novos desafios. Realmente iremos necessitar de idéias novas, para resolver problemas técnicos, mercadológicos e de gestão, que em grande parte são, na realidade, velhos problemas. Tudo parece continuar dentro da normalidade, porém se não agirmos com ousadia e liderança, os anos que se seguem nos colocarão diante de um quadro pessimista.

BOM DIA 2008!

* Thomaz Caspary ( in memoriam ) foi Consultor de Empresas, Coach e Diretor da Printconsult Consultoria Ltda. (São Paulo - SP)




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