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Competitividade exige eficácia e inovação

Thomaz Caspary ( In memoriam )

A partir da Drupa de 2004, a crescente competitividade do mercado gráfico passou a exigir das empresas uma maior eficácia em cada centro de custo da gráfica, através principalmente do aumento da produtividade e eficiência do pessoal envolvido e dos equipamentos utilizados. Deixando um pouco de lado as Normas ISO 9000, tivemos que nos dedicar mais, à implantação de Boas Práticas de Gestão Produtiva e Administrativa, que só pode ser conseguida, através da implantação rigorosa de Normas e Procedimentos, tanto nos setores da produção, como na área comercial, pré-cálculo, compras e naturalmente em toda área administrativa.

Para que isso passe a se tornar realidade, na maioria das empresas gráficas (e não só em algumas cujos comandantes são homens de visão e, já deram o passo da inovação), é necessário que se melhore o desempenho de cada indivíduo da gráfica, independentemente de sua função. O trabalhador gráfico brasileiro é em sua maioria, leal para com a empresa e, está disposto a melhorar seu desempenho, têm idéias criativas, porém infelizmente não está comprometido com o trabalho. Pudemos ver isso em recente estatística do instituto Gallup, que mostra que mais de 75% dos nossos trabalhadores não se compromete com o trabalho propriamente dito.

As principais causas desta situação estão em primeiro lugar, no alto nível de stress a que estão submetidos nossos funcionários, seja por falta de habilidade dos chefes imediatos na gestão das pessoas, seja por pressões externas como o prazo de entrega dos serviços por parte do cliente (muitas vezes causadas por inabilidade do departamento comercial em negociar estes prazos), ou mesmo pela vida atribulada que levamos de uma maneira geral.

Contribui ainda para esta situação, a falta de conhecimento técnico das tarefas executadas pelo operador, a se iniciar na área de pré-impressão, além é claro, pela falta de conhecimento técnico dos clientes que não são orientados adequadamente pelo departamento comercial, seja por comodidade ou mesmo por conhecimento.

Os principais causadores de todos estes problemas são, em primeiro lugar, a falta de informação em todos os níveis. O segundo maior causador desta problemática é a técnica de comunicação adotada, em todos os setores da gráfica, tanto para clientes externos como para os clientes internos. Em plena era da informática, nossos companheiros gráficos ainda enxergam o uso do computador e seus respectivos sistemas de gestão e comunicação, como uma grande despesa, enquanto que temos a experiência comprovada, de que a informática e seus softwares, são um investimento altamente rentável e com rápido retorno financeiro.

Em plena época do conhecimento, onde temos à nossa disposição a Internet, feiras e eventos gráficos, publicações de revistas e livros em nossa língua portuguesa, além de várias obras técnicas importantes, em outros idiomas, escolas especializadas na Indústria Gráfica, como a nossa Escola de Artes Gráficas Theobaldo De Nigris, com vários níveis de ensino, desde o aprendizado operacional, passando pelo técnico de nível médio até a engenharia gráfica, grande parte dos nossos empresários, nem tomam conhecimento. Vão tocando a empresa até onde der... e depois percebem que não deu!

A Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG) oferece uma série de cursos e serviços em benefício de nossas gráficas de todo país. Temos hoje em dia um Site para o ensino “quase de graça” da tecnologia gráfica em vários setores, além de inúmeros cursos de gestão na indústria gráfica. De tempos em tempos, estes cursos vão se atualizando. Outros novos vão surgindo. Você já tentou acessar o Site www.academiagrafica.org.br? Você certamente ficará boquiaberto com o que vai encontrar por lá. E isso em qualquer lugar do Brasil.

Estamos perdendo lentamente a corrida da competência no mundo globalizado, inclusive na indústria gráfica. Um dos problemas que nos leva a este estado de coisas é quando observamos um país desprovido de moral, de justiça, de um mínimo de perspectiva de decência e principalmente de segurança. Neste momento, é fácil desanimar quando constatamos que se passa o dito pelo feito, sem mais nem menos. O mundo caminha hoje a passos menores do que antes, mas nós literalmente paramos.

O consultor de empresas americano Watts Wacker fez um estudo que demonstrou que um dos pilares de uma empresa é a capacidade de inovar, de criar, de não de ficar na mesmice, como fazia a geração passada. E o que ele entende por “inovar”? Inovar é (não só para ele), sair da “mesmice”. É passar por transformações, implantar novos procedimentos, nova tecnologia, melhorar a eficácia, procurar novos nichos de mercado. Tem que ficar claro, que inovar não é uma coisa que fazemos uma vez e pronto! Inovar é um processo contínuo.

Ainda há tempo para melhorarmos nossa competitividade no mercado, treinando nosso pessoal, melhorando nossa eficácia, implantando o que acima foi citado e principalmente nos conscientizando que está na hora de acordar!

* Thomaz Caspary ( in memoriam ) foi Consultor de Empresas, Coach e Diretor da Printconsult Consultoria Ltda. (São Paulo - SP)




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