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Imprimir sem álcool é possível!

Filipe Sousa

O álcool isopropilico (IPA) tem sido utilizado na solução da molha em máquinas litográficas desde há mais de 30 anos. Nesse tempo tinha inúmeras vantagens comparativamente com outros aditivos tradicionais e tem sido muito eficiente em reduzir a tensão superficial na chapa de impressão.

Nos anos 80, estudos relativos à camada de ozono do planeta, provaram que os compostos orgânicos voláteis (COV), incluindo o álcool isopropílico, causavam estragos preocupantes. Preocupações relativas à saúde e segurança no trabalho, provaram também que existe um risco significativo devido à inalação em ambiente de trabalho.

O álcool isopropílico tem um ponto de inflamação de cerca de 11ºC e tem sido a principal causa de incêndios. Existem inclusivé indicações em algumas corporações de bombeiros para, em caso de incêndio, não entrarem em empresas que possuam álcool isopropílico armazenado.

A legislação portuguesa no final de 2008, limitou a quantidade em stock deste tipo de produto e colocou elevadas restrições quanto ao ser armazenamento.

Porque motivo ainda se utiliza álcool isopropílico?

Três importantes motivos:

  • Não tem sido fácil encontrar uma solução melhor
  • A maioria dos impressores sabe que adicionando álcool, podem resolver alguns problemas de impressão e passaram a depender dele.
  • Algumas das alternativas iniciais, incluíam produtos que simplesmente não funcionavam sendo necessário adicionar álcool.

Na Drupa 2008, a grande maioria das máquinas em demonstração, estavam a trabalhar sem álcool. Um fabricante de máquinas com o qual conversei, indicou que 90% das máquinas vendidas, são colocadas em funcionamento já sem utilização de álcool na molha. Como aconteceu esta evolução e o que é necessário para trabalhar sem álcool?

O primeiro país a introduzir legislação relativamente ao álcool foram os Estados Unidos da América, que impediram a utilização do álcool isopropílico na indústria gráfica. Na Europa, em alguns países o álcool praticamente já foi proibido e a tendência futura é a sua eliminação total da indústria gráfica europeia.

Alguns dos primeiros substitutos do álcool eram utilizados com uma solução de dois componentes, que era adicionado à solução de molha tradicional. Actualmente, é utilizado um aditivo de molha de um componente, que pode ser doseado através do sistema de refrigeração.

A Prisco, representada em Portugal pela Induquímica, é líder mundial em aditivos para trabalhar sem álcool, tendo inciado o seu estudo há mais de 20 anos. Para a Prisco, a escolha do correcto aditivo de molha para trabalhar sem álcool, tornou-se crítica. Basta consideradar os vários elementos que interferem com o aditivo: tinta, chapas, rolos, cautchus, papel e mesmo a própria máquina de impressão. Este fabricante, na formulação do aditivo, trabalha em conjunto com todos estes fabricantes. Na maioria das vezes são assinados acordos de confidencialidade de forma a permitir livre troca de informação. O investimento em investigação e desenvolvimento tem sido enorme, mas o resultado permitiu que haja uma gama de produtos que funcionam em qualquer máquina de impressão de forma a eliminar o álcool. Apenas é necessário conhecimento, alguma formação e um compromisso assumido por parte do cliente.

O que é necessário saber?

Apenas a diferença entre o comportamento de uma solução de molha com Álcool e uma sem Álcool.

O quadro abaixo demonstra o que acontece à tensão superficial e viscosidade da solução de molha. Se misturarmos 3% de uma solução de molha normal e começarmos a adicionar álcool, quanto mais Álcool se adiciona, mais a tensão superficial baixa (fica mais húmida) e mais a viscosidade aumenta (a solução torna-se mais espessa).

Os novos aditivos para eliminar o álcool têm uma tensão superficial baixa, semelhante à adição de 10% de álcool, o que permite ser muito eficaz a manter a chapa húmida. No entanto a viscosidade é idêntica a uma solução de molha tradicional com 0% de IPA.

O que significa isto em máquina? Simplesmente, o rolo imersor da molha transportará uma camada de água mais fina, e poderá ser necessário ajustar o rolo distribuidor de forma a permitir uma maior entrada de água.

A Prisco ao longo dos últimos 10 anos tem verificado uma tendência nas gráficas que eliminaram o álcool, que consiste:

1. Os clientes, assumiram um compromisso de trabalhar sem álcool e qualquer complicação que surja é resolvida sem a adição de álcool.

2. A maioria dos problemas decorria da falta de limpeza e manutenção preventiva. Por exemplo: Rolos com desgaste, doseadores com problemas de regulação, e o mais comum, cálcio nos rolos.

3. Quando é necessário revestir os rolos de molha, muitos clientes optam por uma borracha hidrofílica de menor dureza.

4. Todos os clientes conseguiram eliminar o álcool, e mesmos as máquina muito antigas, conseguiram pelo menos reduzir o álcool.

5. Actualmente a Prisco vende para 22 países e todos os impressores afirmam o mesmo: “Conseguimos um ambiente de trabalho mais saudável. Os trabalhos se tornaram mais definidos e brilhantes”.

Os Administradores estão satisfeitos por eliminaram um grande risco de incêndio, e por reduzirem totalmente os custos com o álcool isopropílico, que ainda atinge um valor significativo.

Fonte: http://portaldasartesgraficas.com/artigos/filipe_sousa_1.htm

* O Eng. Filipe Sousa é Director de Qualidade da Induquímica, empresa especializada no fornecimento de produtos para Artes Gráficas. http://www.induquimica.pt - mail@induquimica.pt




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