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Nada acontece por mero acaso - Você colhe o que planta!

Thomaz Caspary ( In memoriam )

Às vezes, me sinto “antigo”! Não sei mais se sou tão ágil quanto o mercado espera, se tenho todas as soluções que o cliente quer ou que eu serei capaz de assimilar e absorver todo o conteúdo e inovações que surgem nos livros, revistas ou sites com conteúdo.

Você já sentou para pensar um pouco, por que razão as coisas na sua gráfica não estão da maneira como você quer? Por que os serviços saem errados? Por que razão um acerto de máquina demora mais do dobro do que foi previsto? Por que razão o précálculo não condiz com a realidade do trabalho? Por que usaram o papel errado? Por que...? Poderíamos completar a página com os porquês dos porquês.

Algo que aprendi ao longo dos meus anos de consultoria e coaching é que não importa o que acontece, mas sim, qual a causa do acontecimento. Veremos que muitas vezes o problema está em nós mesmos, que não damos atenção às coisas importantes, nos ocupando com coisas mais prazerosas e menos complexas.

Façamos um comparativo com o nosso dia a dia. Quando algo dá errado na geração de energia, evidentemente metemos o pau no governador. Se existe um problema como o que estamos vivendo neste momento no Brasil, a culpa recai no presidente. Tivemos uma enchente? A culpa é do prefeito! Se existe alguma epidemia de febre aftosa, o ministro da agricultura é quem leva a culpa. Como se todos estes executivos tivessem o poder de resolver tudo com uma simples ordem ou mesmo uma assinatura. Na verdade, não tem. Não tem, pois abaixo deles existe uma equipe e, cá entre nós, em algumas gráficas “e que equipe”!

Você dono de gráfica é centralizador? Existem em sua empresa departamentos chefiados por gente competente? E esses chefes não têm abaixo de si funcionários que exercem funções? E se um desses funcionários digita um número errado na ordem de serviço fazendo com que o trabalho seja devolvido pelo cliente, a culpa é do dono da gráfica, do chefe do setor ou do fulano que digitou errado?

O ajudante de impressão esqueceu de apertar determinado parafuso e o serviço sai fora de registro. A culpa é do dono da gráfica? Do chefe de seção? Do impressor que não checou o que o ajudante fazia, ou do próprio ajudante, que naquela manhã tinha brigado com a esposa e saiu de casa sem tomar café?

E se em vez do ajudante tivéssemos um engenheiro apertando o parafuso. Vocês acham que não poderia acontecer exatamente a mesma coisa? Bem meus amigos. Está na hora de refletir um pouco, de perder a preguiça e procurar entender o por que acontecem as coisas que acontecem diariamente em nossas empresas gráficas.

Não adianta colocarmos a culpa em A, B ou C, pois de nada adianta e erros se repetirão. Temos que compreender, que as coisas são um pouco mais complexas do que parecem e que cada um de nós está no momento em uma chamada “zona de comodidade”, ou seja, põe a culpa no fulano e tira o corpo fora. Quem acaba pagando por isso é o RESULTADO DA EMPRESA.

“Tudo é mais simples do que podemos imaginar e, ao mesmo tempo, mais intricado do que poderíamos conceber”, disse uma vez Goethe. Simplicidade do olhar e complexidade do real. A simplicidade é um ato da vontade, de desprendimento, de entrega imediata, sem reflexões, de não tematização da vida e do mundo.

Pensando um pouco nisso e avaliando o que temos visto em inúmeras gráficas de diversos matizes (tamanho, especialidade, configuração organizacional, etc.), pudemos chegar a conclusão de que, o que falta são principalmente maneiras de reordenar a informação e a comunicação bem como de reestruturar a maneira de como escolhemos e treinamos nossos funcionários. Não existem em 95% das empresas gráficas brasileiras nenhum tipo de manual de Normas e Procedimentos, também conhecidos como BPF. E quando existem, nem sempre são obedecidos, já pela cultura dos nossos funcionários, ou do “deixa como está para ver como fica” que existe entre nosso pessoal.

Para reverter este quadro, teremos que por a mão na massa, a começar pelo cabeça da empresa. Este deverá traçar juntamente com seu “staff” (ou sua família) um planejamento estratégico, ou seja, uma meta que sirva como um norte para seus negócios. Saber o que quer, mercados a atingir, fontes de recursos, etc. Você como gráfico, deve pensar em tornar-se o melhor de seu segmento de mercado.

Só assim, você poderá desenvolver uma estratégia vencedora e se diferenciar. Criatividade deve estar presente constantemente em suas ações, sejam comerciais ou fabris. Procure fazer sempre algo diferente do que faz a concorrência, pois senão você acaba brigando no preço e... o resultado, você já conhece. Reconheça os seus erros e não tenha vergonha de admiti-los. Erre más faça. Se você perceber que está no caminho errado, encare o problema de frente e tome uma decisão. Por favor, não misture a sua conta bancária particular com as da sua gráfica. Desta forma você nunca conseguirá medir os resultados da empresa, além do que, eventualmente você pode ir sucateando sua empresa, retirando em benefício próprio os resultados da empresa no lugar de reinvesti-los. Sendo necessário, procure ajuda. É sinal de inteligência e bom senso, procurar ajuda externa quando for preciso. O empresário gráfico, não é obrigado a dominar todas as áreas.

Na verdade, demos uma pequena olhada, por uma das “frestas” da janela de sua gráfica. Poderemos perceber que falta muito. Falta treinamento, educação, reflexão e pensamento crítico. Como exigir pensamento crítico de um povo que aprende a viver com a “Praça da Alegria”, Programas de Auditório (não querendo citar nomes de famosas e famosos do “show-biz”) que não agregam, porém nos distraem para que não tenhamos que pensar no que realmente importa.

Na vida nada acontece por acaso. O que você faz hoje, pode fazer a diferença em sua vida amanhã. É realmente uma pena, que em nossa pressa de viver, não prestemos atenção nos detalhes que muitas vezes nos derrubam. Pense um pouco a respeito. Como dia um amigo meu: “ Você Colhe o que Planta! ”.

* Thomaz Caspary ( in memoriam ) foi Consultor de Empresas, Coach e Diretor da Printconsult Consultoria Ltda. (São Paulo - SP)




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