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Nossas gráficas têm um vírus!

Thomaz Caspary ( In memoriam )

Um dos assuntos mais discutidos dentro das nossas gráficas hoje é a Liderança. Após algumas transformações na forma de se fazer gestão, ampliando o foco que antes era restrito aos negócios para as pessoas e, como elas podem e devem trabalhar, a liderança em seus vários aspectos, passou a ser o centro motivador de grandes conquistas, pois é capaz de impulsionar o crescimento das pessoas e da gráfica em que elas se encontram. Mas ainda temos que tomar muito cuidado para não interpretarmos de maneira errada o que vem a ser a liderança e como exercê-la de modo positivo.

As nossas gráficas são muitas vezes infectadas por um vírus chamado "desculpa". Todos têm uma justificativa para aquilo que não fizeram ou que deixaram de cumprir. No ambiente de trabalho, isso se traduz em falta de comprometimento, falta de iniciativa e perda de tempo, ou seja, prejuízo para a gráfica. Você pede alguma coisa a alguém e o que recebe de volta é uma desculpa. "Pode ser pra amanhã?", "não vai dar, to cheio de coisas para fazer". Para resolver este problema, adotamos as Boas Práticas de Fabricação e Gestão, que consistem em Normas e Procedimentos de trabalho na gráfica, sempre em função da especialidade desta, seja para a área promocional, ou de embalagens ou mesmo para a área editorial.

As Boas Práticas são para enterrar de vez a mudança de atitude provocada nos seus colaboradores. Ninguém mais conseguirá dar uma desculpa impunemente. Pelo contrário, trocarão a desculpa pela iniciativa, colaboração e um senso de trabalho em equipe.

Através da implantação das Boas práticas, será necessário respeitar os prazos combinados, os horários agendados e as tarefas prometidas. É terrível trabalhar com aquele tipo de pessoa que você pede alguma coisa já sabendo que não será atendido. São pessoas que ficam enrolando, dando desculpas esfarrapadas e deixando os outros na mão. No final, você acaba tendo que fazer o papel de carrasco o que nem sempre é muito produtivo. As Boas Práticas mostram aos líderes que em fazendo a coisa certa de maneira correta, fica muito mais fácil trabalhar direito, com menos margens de erro, com maior rentabilidade da empresa e sem levar bronca do patrão!

Com a utilização de algumas atitudes simples, o sistema de Boas Práticas pode tornar o ambiente mais saudável e a empresa mais competitiva. Fazer bem feito o que tem que ser feito se comprometer com os resultados, respeitar as pessoas, ser ético em tudo que faz, ser persistente e não desistir frente aos obstáculos (que são muitos), ser disciplinado - sabendo que para atingir nossos objetivos, ou seja, um trabalho correto sem perdas de produção ou mesmo com melhores resultados qualitativos - antes temos que passar por alguns trabalhos burocráticos, como por exemplo as anotações de especificações técnicas (ficha do produto) bem como preenchimento e leitura completa da Ordem de Produção e finalmente, preenchimento dos boletins de produção para avaliação da performance de cada setor da empresa, com relação aos custos pré-calculados que são uma necessidade burocrática e repetitiva. Temos que ser tolerantes diante das diferenças, ser solidários com as pessoas quando estas precisarem de ajuda. Teremos também que ter atitudes positivas independe das atitudes ou comportamentos das outras pessoas.

Precisamos, com relação às boas práticas, resolver situações de atendimento ao cliente externo e interno, entre os vários níveis hierárquicos da gráfica. Boas Práticas nos mostram como algumas regras básicas podem fazer com que todos remem juntos na mesma direção. A relação cliente fornecedor entre os departamentos, a guerra de poder, relação chefe subordinado, cortesia, educação e muitas outras coisas você ficará conhecendo na implantação de Boas Práticas, eliminando assim o vírus que se esconde em quase todos os departamentos da empresa.

Objetivos, todos têm, porém muitas vezes esquecemos-nos de traçar as metas que deverão ser alcançadas. Através da sistemática das Boas Práticas de Fabricação e Gestão (GMMP). Seja no trabalho ou mesmo em nossa vida pessoal, necessitamos de metas a serem alcançadas. Muita gente têm objetivos na vida, no entanto não estabelecem metas e nunca sabem ao certo, se estão agindo da maneira correta para atingir seus objetivos. Você amigo gráfico, terá que diferenciar objetivo de meta. O dono da gráfica poderá ter o objetivo de adquirir uma impressora quatro cores folha inteira. No entanto, se a meta não for definida com todos os detalhes, o objetivo de adquirir a impressora, pode durar o resto da vida. Uma vez determinada a meta, o cronograma e o fluxograma desta compra, assim como as formas de financiamento e principalmente o uso correto do equipamento para seu mercado "A" ou "B", a coisa sai do papel e se torna realidade.

Para o dono da gráfica, além de cuidar do desenvolvimento individual de seus liderados, é importante, e imprescindível, zelar pelo coletivo. E zelar pelo coletivo é montar um time onde as competências individuais se complementem e, juntas, entreguem resultados de alto desempenho. Somente desta forma e, ajudado pelos diversos processos pelos quais a empresa passará, ao implantar a filosofia de Boas Práticas de Fabricação e Gestão nossa gráfica poderá se livrar do vírus, que aumenta o desperdício em todas as áreas, engole o lucro e a rentabilidade da empresa.

* Thomaz Caspary ( in memoriam ) foi Consultor de Empresas, Coach e Diretor da Printconsult Consultoria Ltda. (São Paulo - SP)




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