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Vamos reinventar o negócio gráfico

Francisco Pérez

Andamos há demasiado tempo a refletir e a debater a atual situação do sector gráfico, as medidas que devem ser tomadas e o quanto está difícil a situação económica. Acredito firmemente que esta não é altura para lamentações, mas sim para começar a tomar decisões que nos conduzam à superação desta fase de mudanças e desafios.

INICIEMOS A REINVENÇÃO DO NOSSO NEGÓCIO!

Independentemente dos produtos que oferecemos, é certo que somos profundamente conhecedores sobre como os produzir e gerir. Devemos então colocar o cliente no centro da nossa atenção e contribuir para que este melhore o seu negócio. Esta é a primeira decisão chave que irá determinar toda a nossa ação e estratégia para que nos possamos reinventar.

O que está aqui em causa é que devemos deixar de ser meros fornecedores de produtos gráficos e assumirmos o papel de colaborador vital. Para isso, devemos colocar uma pessoa, ou um departamento (de acordo com as nossas possibilidades), a gerir esta tarefa. Se entendermos o negócio do nosso cliente, os seus objetivos e as suas necessidades, poderemos propor-lhe soluções, seja através da otimização da nossa atual oferta, seja através do aumento da oferta, com novos produtos e serviços.

Um exemplo: uma gráfica que tem na sua carteira de clientes várias lojas da zona e que lhes imprime periodicamente os folhetos de promoção para as ofertas e produtos. Observamos que os clientes dos nossos clientes cada vez mais utilizam elementos móveis para comunicar e receber informação.

Proposta: Folhetos que despertem interesse pelo seu design, apoiados em pequenas campanhas nas redes sociais, de uma forma o mais personalizada possível. Assim, a reinvenção do nosso negócio obriga-nos a contar com pessoal que execute tarefas de colaboração com os clientes, não apenas com a função de simples comerciais que vão vender os seus produtos de sempre, mas sim dotados de novas capacidades, como fotografia, animação, comunity manager, entre outros.

Outro exemplo: Uma gráfica especializada na impressão de livros, sector que tem vindo a decrescer nos últimos anos, o que levou a que a estrutura da empresa tenha ficado sobredimensionada. Se não se reinventar, o efeito imediato será o despedimento de pessoal, a queda de receitas e o risco de extinção a médio e longo prazo. Desta forma, conhecer os nossos objetivos e entender as necessidades dos clientes é fundamental para orientar a nossa nova proposta.

Neste caso, devemos passar de mero impressor de livros para ser o parceiro com quem o cliente pode contar para maquetar e criar o design, imprimir com qualidade exemplares para o lançamento do livro, para além de oferecermos um sistema de reposição eficaz nos pontos de venda e de darmos apoio na área de marketing.

É muito provável que tenhamos que passar parte da nossa estrutura offset para digital, e incorporar um plotter na produção, apostar em novas tecnologias, reestruturar departamentos, oferecer novos acabamentos, adotar uma nova política de subcontratações e apresentar novos serviços, como por exemplo criação de conteúdos. Vamos necessitar de know-how tecnológico para dar resposta e ajudar os nossos clientes. Mas isso também será feito ao longo do tempo em que formos interagindo com os nossos clientes.

Conclusão: Tenho consciência que aquilo que num plano teórico parece fácil, requer, no entanto, investimento económico, muito tempo, esforço e risco, mas o que pretendo com este artigo é ser útil a quem partilhe deste ponto de vista, que acredite que chegou a hora de tomar decisões e que estas decisões implicam riscos, sem os quais não podemos sair deste impasse em que nos encontramos. Sejamos realistas ao analisar a nossa empresa e, se necessário, tenhamos a coragem de a mudar, com o objetivo de que se torne útil em conceber formas de melhorar os nossos clientes.

Por último, estas são algumas perguntas que devemos colocar:

  • O que fazemos, podemos tornar ainda mais rentável?
  • Aos nossos melhores clientes, podemos oferecer produtos que estejam atualmente a comprar a outro fornecedor?
  • Aos nossos clientes, podemos oferecer novos serviços que os diferenciem da sua concorrência?
  • A nossa equipa tem a motivação necessária para participar nestes objetivos?
  • A nossa equipa tem a formação necessária para responder às novas propostas?
  • Temos confiança no nosso plano de negócio?

Se as respostas são positivas, ou quase positivas, há que acabar com as hesitações e avançar com a reinvenção. Se não respondeu positivamente, é hora de tomar decisões para mudar as respostas.

Fonte: www.laprensa.com.pt - Acesso em 2 de dezembro de 2012.

* Francisco Pérez - Diretor da Palmart (http://www.palmart.es/)




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